Professores da rede municipal de ensino em Chapada do Norte
MG no Vale do Jequitinhonha tendo entre eles representantes da escola municipal e das creches situada na sede,
professores dos distritos chapadenses e de escolas localizadas em povoados
locais; estiveram todos presentes numa reunião realizada na manhã da Sexta
Feira dia 29 de Abril de 2016 no Salão do Casi, organizada pelos próprios
docentes.
A reunião teve também compondo a mesa de autoridades o secretario
municipal de educação Dailson Lourenço Torres, o secretario municipal de
Controle Interno David Soares, o chefe de gabinete do poder público Mauro
Lourenço e os vereadores Valdemir Soares, Paulo Elvídeo, Odair José, João
Felicício e Airton Rodrigues.
O professor Ivo Guedes conduziu os trabalhos, o
desenvolvimento da pauta e a interlocução entre os professores e os
representantes do poder público e legislativo.
A pauta tinha como principais pontos á serem discutidos:
#Plano de Carreira/Lei Municipal 906/2010
#Piso salarial/Reajuste anual do Piso Nacional
#Férias prêmios
#Melhores condições para desenvolvimento do trabalho
pedagógico.
Os temas da pauta foram debatidos na reunião alternando as
falas entre os professores e as autoridades presentes.
Dentre os assuntos debatidos no encontro estiveram:
# o auxílio transporte que deveria se pago aos profissionais
que lecionam em comunidades da zona rural;
# remuneração acrescida aos profissionais de educação por
meio de tempo de serviço, desempenho, graduações, mestrados e doutorados;
Os professores cobraram que a visão sobre a educação seja
sempre como prioridade do município. Sendo esse o caminho para se buscar uma
educação de qualidade.
Outros pontos polêmicos debatidos no encontro foram os
benefícios e prejuízos quanto à nucleação de escolas; as desvantagens no
fechamento de escolas municipais com poucos alunos e sobre o IDEB.
Os professores cobraram um reajuste baseado no piso nacional
do magistério. E citaram o FUNDEB como sendo um recurso específico para
remuneração dos professores.
E em determinado momento da reunião os professores
conversaram sobre a possibilidade de uma paralisação (se preciso) caso as
exigências feitas ficassem apenas no papel e nas promessas. A maioria
mostrou-se disposta a aderir-la se necessária, uma vez que as pessoas presentes
ali estavam “dando a cara á tapa” por estarem se posicionando, por terem assinada
a lista de presença e buscando as melhorias que consideram legitimas e
essenciais ao profissional e ao ensino.
Os
representantes do poder público e legislativo apontaram a diminuição dos
valores repassados pelo fundo, o excessivo número de licenças médicas e a
contratação de profissionais substitutos para ocupar as vagas temporárias de educadores
afastados de suas atividades como obstáculos no aumento salarial dos
professores.
E na seqüência desta discussão os profissionais de educação
presentes fizeram o pedido do reajuste de 11,36%. Inicialmente as autoridades
presentes acenaram com um reajuste de 8%, respeitando as possibilidades
financeiras do município.
Mas ao final da reunião os
vereadores retiraram-se para participar de uma reunião extraordinária da Câmara
e comprometeram-se a levar para a pauta desta reunião esse acréscimo de 3%
solicitado pelos professores e que chegaria aos 11,36%. O Secretário de
Controle Interno David Soares ao final do encontro também afirmou reavaliar o
aumento juntamente com o prefeito Ronaldo Lourenço Santana, o Secretário de
Finanças Nilson Oliveira, o Secretario de Educação Dailson Torres, o advogado
jurídico da prefeitura Dr. Anísio e a Comissão de Professores formada nesta
reunião, desde que tal reajuste não cause desequilíbrio nas finanças
municipais.
A comissão citada é composta pelos
professores Elem Neiva, Junior Amaral, Vanderléia Figueiredo e Ivo Guedes;
ficando ainda a escolha de mais dois professores: um que atue no distrito do Granjas do Norte e outro que atue na Região do São João.
A
Comissão irá articular com o executivo e o legislativo que as exigências dos
professores sejam colocadas em prática, acompanhar o desenvolvimento das ações
e posteriormente agendar uma nova reunião com os
professores para repasse do andamento (ou não) das negociações.
Os professores e autoridades
presentes concordaram que tais medidas estão sendo buscadas no momento ideal:
antecedendo as eleições municipais e planejando que os próximos governantes do
município assumam seus cargos já tendo conhecimento da luta dos profissionais
da educação do município e que estejam prontos para executar medidas onde se
faça cumprir tudo que foi decidido anteriormente.
Alguns professores da rede municipal de Chapada do Norte justificaram a ausência na reunião por motivo de viagem, por problemas de saúde ou por não terem tido conhecimento á tempo de dispensar sua turma naquele dia e outros simplesmente não se manifestaram. Indo trabalhar normalmente, ignorando uma luta que é da classe.
Fotos: Maurício Costa
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