01 maio 2016

PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO REIVINDICAM DIREITOS TRABALHISTAS E MELHORES CONDIÇÕES PEDAGÓGICAS EM CHAPADA DO NORTE MG

Professores da rede municipal de ensino em Chapada do Norte MG no Vale do Jequitinhonha tendo entre eles representantes da escola municipal e das creches situada na sede, professores dos distritos chapadenses e de escolas localizadas em povoados locais; estiveram todos presentes numa reunião realizada na manhã da Sexta Feira dia 29 de Abril de 2016 no Salão do Casi, organizada pelos próprios docentes.
A reunião teve também compondo a mesa de autoridades o secretario municipal de educação Dailson Lourenço Torres, o secretario municipal de Controle Interno David Soares, o chefe de gabinete do poder público Mauro Lourenço e os vereadores Valdemir Soares, Paulo Elvídeo, Odair José, João Felicício e Airton Rodrigues.
O professor Ivo Guedes conduziu os trabalhos, o desenvolvimento da pauta e a interlocução entre os professores e os representantes do poder público e legislativo.
A pauta tinha como principais pontos á serem discutidos:
#Plano de Carreira/Lei Municipal 906/2010
#Piso salarial/Reajuste anual do Piso Nacional
#Férias prêmios
#Melhores condições para desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Os temas da pauta foram debatidos na reunião alternando as falas entre os professores e as autoridades presentes.

Dentre os assuntos debatidos no encontro estiveram:
 # a necessidade de elaboração do plano de cargos com a participação dos profissionais da educação;
# o auxílio transporte que deveria se pago aos profissionais que lecionam em comunidades da zona rural;
# remuneração acrescida aos profissionais de educação por meio de tempo de serviço, desempenho, graduações, mestrados e doutorados;
Os professores cobraram que a visão sobre a educação seja sempre como prioridade do município. Sendo esse o caminho para se buscar uma educação de qualidade.
Outros pontos polêmicos debatidos no encontro foram os benefícios e prejuízos quanto à nucleação de escolas; as desvantagens no fechamento de escolas municipais com poucos alunos e sobre o IDEB.
Os professores cobraram um reajuste baseado no piso nacional do magistério. E citaram o FUNDEB como sendo um recurso específico para remuneração dos professores.
E em determinado momento da reunião os professores conversaram sobre a possibilidade de uma paralisação (se preciso) caso as exigências feitas ficassem apenas no papel e nas promessas. A maioria mostrou-se disposta a aderir-la se necessária, uma vez que as pessoas presentes ali estavam “dando a cara á tapa” por estarem se posicionando, por terem assinada a lista de presença e buscando as melhorias que consideram legitimas e essenciais ao profissional e ao ensino.
Os representantes do poder público e legislativo apontaram a diminuição dos valores repassados pelo fundo, o excessivo número de licenças médicas e a contratação de profissionais  substitutos para ocupar as vagas temporárias de educadores afastados de suas atividades como obstáculos no aumento salarial dos professores.
E na seqüência desta discussão os profissionais de educação presentes fizeram o pedido do reajuste de 11,36%. Inicialmente as autoridades presentes acenaram com um reajuste de 8%, respeitando as possibilidades financeiras do município.
Mas ao final da reunião os vereadores retiraram-se para participar de uma reunião extraordinária da Câmara e comprometeram-se a levar para a pauta desta reunião esse acréscimo de 3% solicitado pelos professores e que chegaria aos 11,36%. O Secretário de Controle Interno David Soares ao final do encontro também afirmou reavaliar o aumento juntamente com o prefeito Ronaldo Lourenço Santana, o Secretário de Finanças Nilson Oliveira, o Secretario de Educação Dailson Torres, o advogado jurídico da prefeitura Dr. Anísio e a Comissão de Professores formada nesta reunião, desde que tal reajuste não cause desequilíbrio nas finanças municipais.
A comissão citada é composta pelos professores Elem Neiva, Junior Amaral, Vanderléia Figueiredo e Ivo Guedes; ficando ainda a escolha de mais dois professores: um que atue no distrito do Granjas do Norte e outro que atue na Região do São João.
A Comissão irá articular com o executivo e o legislativo que as exigências dos professores sejam colocadas em prática, acompanhar o desenvolvimento das ações e posteriormente  agendar uma nova reunião com os professores para repasse do andamento (ou não) das negociações.
Os professores e autoridades presentes concordaram que tais medidas estão sendo buscadas no momento ideal: antecedendo as eleições municipais e planejando que os próximos governantes do município assumam seus cargos já tendo conhecimento da luta dos profissionais da educação do município e que estejam prontos para executar medidas onde se faça cumprir tudo que foi decidido anteriormente.
Alguns professores da rede municipal de Chapada do Norte justificaram a ausência na reunião por motivo de viagem, por problemas de saúde ou por não terem tido conhecimento á tempo de dispensar sua turma naquele dia e outros simplesmente não se manifestaram. Indo trabalhar normalmente, ignorando uma luta que é da classe.














Fotos: Maurício Costa

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