Uma câmera na mão e um breve conhecimento na cabeça. Ou quase isso...

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14 setembro 2016

ARTESANATO DE CHAPADA DO NORTE MG NO VALE DO JEQUITINHONHA SE DESTACA PELA QUALIDADE DAS PEÇAS FABRICADAS

Cerca de 40 famílias buscam na atividade uma fonte complementar de renda, por meio da orientação do Sebrae Minas.

Chapada do Norte, cidade localizada no Vale do Jequitinhonha, com 15,2 mil   habitantes, destaca-se   pela   agricultura   e   também   pela qualidade e beleza do artesanato que desenvolve. A produção artesanal ganhou um novo estímulo por intermédio da parceria com o Sebrae Minas.

Em 2009, após contatos com membros da Associação de Artesãos   de   Chapada   do   Norte (ARCA), o município   recebeu   o Programa Sebrae de Artesanato. A iniciativa foi criada em 1998 e já possibilitou a capacitação de cerca de 90 mil artesãos em todo Brasil. O objetivo é contribuir para o crescimento sustentável, por meio do artesanato e, ao mesmo tempo, promover a cultura, economia local e o desenvolvimento social.

Atualmente, cerca de 40 famílias têm no artesanato um complemento para a renda familiar.  São produzidos, bancos, cadeiras, baús, porta joias, bolsas, instrumentos musicais, móveis em couro, palha de milho e madeira.

A implantação do programa promoveu orientações técnicas para os artesãos de design, gestão da produção do artesanato, comercialização, organização e fortalecimento de grupos produtivos. A partir das capacitações, foram criadas novas peças, vendidas a preços competitivos.

De acordo com a artesã Aneli de Fátima Pereira, presidente da ARCA, a atividade se desenvolveu a partir de iniciativa do Sebrae Minas. “Não fosse esse suporte para nos ensinar a ter um melhor design das peças, saber formar preços e, principalmente, participar de feiras em outras regiões, a gente poderia ter até mesmo parado”, testemunha.

Aneli participou de feiras de artesanato em Recife, Belo Horizonte e São João Del Rei. Lembra que, por conta do apoio recebido, os artesãos de Chapada do Norte, por mais de uma vez, estiveram na Feira Nacional de Artesanato, a Expominas, realizada anualmente na Capital Mineira, importante espaço de comercialização. “Os artesãos de Chapada do Norte já tiveram a qualidade dos seus produtos reconhecida, mas, ainda enfrentam como desafio a necessidade de   melhoria da   logística de distribuição, pois o acesso à cidade é feito somente por estrada de terra, pela BR 367”, ressalta.

Trabalho reconhecido

As peças fabricadas em Chapada do Norte têm qualidade comprovada. O artesão José Sebastião Vaz, conhecido como Zé do Ponto, já vendeu peças para a empresa Tok & Stok, com lojas em diversas capitais brasileiras. “Já vendi vários tamboretes, principalmente aqueles maiores usados em bares. Eles ficaram sabendo do nosso trabalho e fizeram as encomendas” conta.  Zé do Ponto, de 67 anos, vive exclusivamente da renda do artesanato. Além de vender seus produtos em feiras regionais, ele também atende encomendas de outros estados como Rio de Janeiro e São Paulo.

O analista técnico do Sebrae Minas Julian Silva acredita na importância do trabalho desenvolvido e já pensa em novas ações. “Percebemos que os artesãos   conseguiram   melhorar   a   qualidade   das   peças   e, principalmente, elaborar um preço adequado. Já estamos trabalhando   para   levar   capacitações   para   aqueles   que   chegaram à associação após nossa intervenção”, anuncia Julian.
Fonte: Cida Santana (Assessora de Imprensa do Sebrae)

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